Dona Eulália era conhecida na vizinhança por três coisas:
Seu cafezinho passado na hora, seu jardim impecável… e sua fé inabalável em Santo Expedito.
Aos 83 anos, morava sozinha desde que o marido partira. A solidão era leve, mas a saúde, frágil. Um dia, sentiu uma dor forte no peito. Caiu ao chão da cozinha, sozinha, sem conseguir alcançar o telefone. Olhou para o relógio na parede: 15h em ponto.
Nesse instante, ela murmurou entre lágrimas:
— Santo Expedito, me ajuda. Se ainda for tempo, me dá mais um dia…
Tudo parou. Até o relógio.
Mas não foi o fim.
Minutos depois — ou talvez mais, o tempo parecia suspenso — sua vizinha Silvia, que nunca aparecia à tarde, bateu na porta. Estava passando por ali com a neta e teve um impulso de visitar a “vó Lalá”, como carinhosamente a chamava.
Ao entrar, viu Eulália caída e chamou socorro. No hospital, os médicos disseram que, se Silvia tivesse chegado cinco minutos depois, Eulália não teria resistido.
Ela se recuperou bem. Voltou a cuidar do jardim, do café… e da fé.
Mas o mais curioso?
O relógio da parede, aquele que parou às 15h, nunca mais funcionou. Nem com pilha nova. Nem com conserto.
— Ele parou na hora em que eu pedi ajuda, dizia ela.
— E é assim que eu lembro: foi ali que o Santo correu por mim.
Milagres não gritam. Eles sussurram.
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