Bruna estava desempregada há mais de um ano. Era mãe solo, morava de favor com a irmã e, apesar de todos os currículos enviados, nenhuma porta parecia se abrir.
Numa quarta-feira, soube de uma vaga que seria perfeita. O detalhe? A entrevista era na manhã seguinte e ela não tinha dinheiro nem para a condução.
Naquela noite, sozinha no quarto, fez uma novena relâmpago. Pegou um papel de pão e escreveu:
“Santo Expedito, se essa vaga for pra mim, me leva até lá.”
Dobrou e colocou embaixo do travesseiro.
Na manhã seguinte, ao sair do portão, encontrou uma nota de R$ 20 no chão. Não havia ninguém por perto. Era o valor exato da ida e volta. Ela foi.
Fez a entrevista. Foi contratada na hora.
— Não sei o que houve. Quando você entrou na sala, eu soube que era você, disse a gerente. — Algo me dizia: essa moça merece.
Bruna ainda guarda o papel de pão, agora emoldurado. E conta essa história toda vez que alguém diz que está sem saída.
Quem tem fé nunca está sozinho.
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