Lucas era caminhoneiro. Rodava o Brasil de norte a sul e, apesar da distância da família, sentia-se em paz com a estrada. Mas numa tarde de sexta-feira, na BR-116, o destino quase lhe foi tirado.
Descendo uma serra perigosa, percebeu que os freios não estavam respondendo. O caminhão carregado de madeira ganhava velocidade, e o coração disparou.
A morte parecia certa.
Em desespero, Lucas fez o que aprendeu com a mãe quando era criança: gritou do fundo da alma, com os olhos marejados:
— Santo Expedito, não me deixa morrer aqui!
A poucos metros de uma curva fatal, o impossível aconteceu: o caminhão freou. Sozinho. Como se tivesse sido puxado por uma força invisível.
Lucas desceu tremendo. O mecânico que atendeu depois confirmou:
— Os freios estavam totalmente comprometidos. Isso aí… não é explicável.
No painel, pendurado, estava o santinho antigo que sua mãe colocara anos atrás. Desbotado, mas firme.
Lucas nunca mais dirigiu sem rezar antes de ligar o motor. E hoje diz a todos:
— Não foi o freio. Foi a pressa do santo.
A fé é a marcha que segura o peso da vida.
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